No estômago, o KGM promove a formação de uma camada ao redor do bolo alimentar, o que prolonga o tempo de permanência do alimento no estômago, aumentando a saciedade (Tester; Al-Ghazzewi, 2015).
Já nos intestinos, como os humanos não produzem as enzimas capazes de hidrolisar as ligações glicosídicas do tipo β, como acontece com a celulose, o KGM não pode ser absorvido. No entanto, pode formar uma película protetora ao longo da parede do intestino, que inibe e reduz a absorção do colesterol e do ácido biliar. Além disso, o consumo de fibras promove o aumento do peristaltismo intestinal, levando a redução da absorção de toxinas, melhora do fluxo intestinal e defecação (Devaraj et al., 2019).
Dessa forma, o KGM é transportado integralmente para o intestino grosso, onde é fermentado pelas bactérias anaeróbias intestinais, processo que resulta na produção de ácidos graxos de cadeia curta (ácido acético, propiônico e butírico). Esses ácidos são utilizados pelo organismo como fontes alternativas de energia e contribuem no metabolismo energético e para o equilíbrio acidobásico, além de proteger o cólon contra os efeitos do estresse oxidativo (Wang et al., 2008)